domingo, 31 de maio de 2009

Terminou e arrependeu. Fudeu? Não necessariamente... (parte 4 de 4)

O QUE REALMENTE ACONTECEU...


Contrariando todas as recomendações, a Alê cometeu dois erros:

1) Puxou assunto pela net, na terça.

2) Tentou se fazer de vítima com um assunto delicado pra ele ficar com peninha.

Como já era de se esperar, ao invés de funcionar maravilhosamente, o moço tratou ela distante, frio... continuava com o orgulho ferido e, portanto, tinha que fazer ela se sentir um lixo pra poder se sentir bem.

Felizmente, ela repensou a estratégia e conseguiu contornar a situação.


REFAZENDO A ROTA...


A Alê ficou sabendo que vários amigos se juntaram e fizeram uma cesta com presentes que tivessem a ver com o bofe; todos os amigos assinaram um cartão enorme e ela aproveitou pra assinar também, deixando uma mensagem muito bem intencionada e que só fazia sentido pros dois.

Isso ajudou bastante a quebrar o gelo e na quinta-feira, pleno aniversário, eles se encontraram na net novamente e dessa vez conversaram o que deveria ser conversado. Teria sido ainda melhor se fosse pessoalmente, mas de qualquer forma, funcionou.

Ela deixou que ele falasse tudo que queria, ouvindo [lendo...] em silêncio e só se pronunciou quando ele terminou. Aí, sim, ela disse o que tinha causado tudo aquilo, falou da insegurança e explicou tudo do jeitinho que havíamos combinado antes.

E o que foi que ele respondeu??? Que não fazia idéia de que as coisas estivessem assim pra ela, que pra ele nada disso estava acontecendo e que por isso mesmo ficou tão surpreso quando ela jogou tudo aquilo pra cima dele.

Chocante, não??!! Ninguém esperava por isso....................................................................

O pior foi ter que escutar calada ele falando que o que mais magoou foi o fato de ela não ter se sentido à vontade pra discutir isso tudo com ele. Pra ele isso é quase uma ofensa! É assumir que ele não teria capacidade de entender o que se passava com ela e que não teria coragem de conversar a respeito.

Outro choque, não??

Mas de uma forma ou de outra, eles conseguiram tirar a história toda a limpo e ele a convidou pra ir pra casa dele no dia do aniversário.


Nesse ponto voltamos ao plano original.


Ela foi a casa dele, vestida e maquiada de acordo com a boa moça que queria transparecer e deixou todos os amigos entrarem na frente, esperando na sala. Quando ele voltou pra chamar ela para entrar também, ela entregou a garrafa de whisky, com um belo laço vermelho no gargalo. [Dica: o vermelho ajuda a lembrar a paixão que a gente quer que ele lembre!]

O garoto ficou sem saber o que dizer. Agradeceu sinceramente e correu pro quarto para mostrar pros outros amigos; assim que chegou lá disse meio sem graça que achava que deveria brigar com ela mais vezes pra receber um tratamento igual na próxima vez. Disse também, em alto e bom som para todos ouvirem, que tinha planejado se fazer de difícil com ela dali em diante, mas que desse jeito não tinha como.

Perfeito, não? Pois espere que tem mais...

Depois de passarem a noite inteira juntos, sem problema algum, ele reforçou que queria muito que ela fosse à festa no dia seguinte. ‘Seu desejo é uma ordem!’ e lá foi ela toda poderosa pra festa. Antes de chegar, ele já havia ligado várias vezes pra saber se ela ainda iria demorar.

Na festa ele continuou com aquela eterna dúvida sobre como apresentá-la pros amigos, mas fora isso tudo correu muito bem, obrigada!

Contou sobre a garrafa de whisky que havia ganhado para todo mundo, com um leve sorriso de orgulho no rosto... e eis que de repente, não mais que de repente, chamou a Alê que estava do outro lado da festa; fez ela se levantar, ir até onde ele estava numa roda de amigos, apresentou-a como quem deu o melhor presente para ele e tascou-lhe um baita beijo na frente de todo mundo, assumindo para quem quisesse ver que os dois estavam juntos.

Depois disso rolou até aquela famosa foto com apenas os dois juntos, mais comprometedora impossível!! E ele comentou isso com ela; logo, o moço sabe muito bem o que significa isso tudo e mesmo que não tenha dito com todas as palavras ‘quer namorar comigo?’ não sobra muito espaço para dúvidas... Tudo que a Alê precisa fazer agora é perceber isso e não surtar novamente por causa de meras formalidades... hehehe


P.S.: Não, ela não usou o presente número 2 na festa. E deu bobeira por isso!! Pois não é que o moço deu um jeitinho discreto de ver qual era a cor do sutiã dela?? Imaginem se ela tivesse usado o presente número 2... fogos de artifício vêm a mente, não?!

Terminou e arrependeu. Fudeu? Não necessariamente... (parte 3 de 4)

O RESULTADO...


Novamente, 3 possibilidades:

Primeira: ele liga na quarta mesmo. O rapaz sabe o que quer e não está mais com medo de revelar o que sente; se ele fizer isso, está realmente apaixonado. Nesse caso, be happy! Só tome cuidado pra perceber se ele não virou um daqueles inseguros grudentos que ficam perguntando a cada meia hora se você gosta mesmo dele, por que você está com ele, se não existe mais ninguém, blá blá blá mi mi mi...

Segunda: ele liga na quinta, no finalzinho do dia. Imagina só: você disse que não ia ligar e não ligou. Mas o pobre passou o dia inteiro esperando que você ligasse mesmo assim; a cada toque de telefone (que costumam ser vários no seu aniversário) ele secretamente torcia para que fosse você e quando não era, ele ficava triste, mesmo sem perceber. Garanto que ele não vai demorar muito pra perceber que sente e muito a sua falta. Disso pra discar seu telefone e te ligar é um pulo.

Terceira (e pessoalmente, minha favorita): ele liga na sexta. Você já deve ter roído até o cotovelo de nervoso e já estava começando a achar que tinha tudo dado errado. Eis que o telefone toca e você vê escrito “Bofe chamando”. Isso mostra que o moço é osso duro de roer mesmo e que sofreu 24 horas do aniversário esperando que você ligasse antes de finalmente dar o braço a torcer. Mas o que importa é que deu. Aqui você provavelmente vai escutar algo do tipo “fiquei esperando você me ligar ontem” ou então “é, nem me ligou no meu aniversário...” Nessa hora você responde no tom mais simpático que conseguir achar “eu disse que não ia ligar... não queria correr o risco de estragar seu aniversário se você ainda estivesse bravo comigo...” e solte uma risadinha discreta, afinal, o jogo está ganho.

A RECOMPENSA...


Agora sim, é o dia da festa e você já garantiu o bofe de volta. Aí, garota, vire a femme fatale que existe dentro de você. Fique maravilhosa e seja a mais dedicada das namoradas/rolos/amigas especiais/prefiro não comentar. Mostre que ele não fez a escolha errada quando te deu outra chance; isso ajuda principalmente a amolecer o fofo pra fase 2 (quando você mostra as garras de novo...)

No caso da Alê, entra o presente que ela tinha comprado em primeiro lugar. Lembram da lingerie poderosa? Pois então.

Vale chegar na festa linda, poderosa e cheirosa e esperar uma hora em que estiverem com vários amigos por perto pra chegar no pé do ouvido do gato e dizer baixinho que tem mais um presente pra ele, mas que só pode entregar quando não tiver mais ninguém por perto. Fazer isso no meio de várias pessoas impede que ele te agarre na mesma hora e descubra qual é o presente antecipadamente; isso é Mara! porque vai deixar a imaginação do garoto a mil e ele vai ficar doidinho pra expulsar todo mundo da festa o mais rápido possível.

Depois disso, só digo uma coisa: enjoy!!

O TIRO E A CULATRA...


Tá, você fez tudo isso, se virou do avesso e levou um pé na bunda. Bom, querida, quem começou isso tudo foi você, né?

Aí a única coisa a se fazer é ir pra casa, comer um prato de brigadeiro, assistir “P.S.: Eu te amo”, chorar que nem uma vaquinha de presépio, tomar um belo baaaaanho, escolher a roupa mais linda do armário, fazer aquela maquiagem e sair pra luta, pra esfregar na cara do babaca tudo que ele perdeu. Fala sério... um cara que te dispensa depois desse trabalho todo, não merece ficar com você.

Terminou e arrependeu. Fudeu? Não necessariamente... (parte 2 de 4)

A ESTRATÉGIA...


Na quarta, no final da tarde, a Alê iria à casa dele, assim mesmo, de surpresa. Tem que ser pessoal, nunca faça uma coisa dessas por telefone, pelo amor dos meus netinhos!! É um momento delicado, com muita emoção, então enfrente a emoção de cara! Você é uma mulher ou um menininho de joelho ralado chorando por causa do mertiolate?!

Bom, chegando à casa do rapaz, a intenção é parecer uma menininha delicada, frágil, vulnerável e absolutamente dependente dele – mesmo que isso seja uma grande bobagem (ninguém precisa saber disso...); então, sandalinha baixa (nada de salto nem sapatos fechados!), roupas de cores claras, esmalte cintilante e maquiagem leve, de preferência em tons rosados, rímel só se for incolor. É ou não é o retrato da boa moça arrependida??

E muito cuidado pra não invadir o território dele sem autorização! Esse é o pecado número 1. Se ele atender a porta, fale de cara algo espirituoso que deixe bem claro que você veio em missão de paz e espere ser convidada a entrar. Se for um amigo ou parente quem atender, peça pra chamá-lo e não importa o quanto insistam para você entrar, espere do lado de fora até que o bofe te convide! Isso é importante porque o fato de te chamar pra entrar demonstra abertura pra começar a resolver o problema; se ele te barrar na porta, colega!, run for your life que a coisa tá feia!

Uma vez lá dentro, conversem em particular num lugar sem interrupções. A idéia é que a atenção dele seja somente sua e vice-versa. Não fique pedindo desculpas; a idéia não é essa. Deixe bem claro que o que te levou a fazer aquilo foi a insegurança de perdê-lo, e que se sente assim pela falta de compromisso. Diga também que o medo de perder foi justamente o que separou vocês dois e que, por isso, vai entender (e não TENTAR entender) melhor o lado dele. Seja delicada, mas firme. Mostre que tem absoluta certeza do que está dizendo, mas sem ser agressiva, afinal, a pior coisa nesse momento é acuar o garoto; bicho acuado é sempre imprevisível...

Agora existem 3 possibilidades:

Primeira “O conto de fadas”: ele fica todo feliz que você apareceu e te perdoa na hora. Se esse for o caso, querida, aproveite que já está com ele e termine tudo de vez; qualquer um que se arreganhe todo fácil assim não vai te fazer feliz. Capacho fica é do lado de fora da porta, ok?

Segunda “Eu... eu nem sei o que dizer”: e não sabe mesmo. Você fala tudo que deve e o infeliz fica lá, boquiaberto. A melhor coisa a se fazer nesse caso é falar com calma tudo que tem a dizer, esperar ele absorver em silêncio (espere um pouco pra ver se ele não tem algo a te dizer) e dizer que vai deixar ele pensar em tudo e que ele sabe te achar quando quiser – atenção: QUANDO quiser e não SE quiser, ok? Parece bobagem, mas pequenas coisinhas assim fazem toda a diferença. Só lembre-se de dizer antes de ir embora que não vai ligar no aniversário dele para não correr o risco de irritá-lo justo nesse dia; ele vai continuar esperando que você ligue e em hipótese alguma faça isso!! O segredo tá todo aí.

Terceira “%$&*(Hknlafhoapwa#@!!!”: ele está obviamente nervoso e conseguiu xingar a terceira geração da sua bisavó. Aí você pergunta “Hey! E aqueles dois dias pra acalmar a fera??” Querida... você pegou pesado. Os dois dias com certeza acalmaram a fera (pense que poderia ser bem pior!) mas rever você, assim, parada na porta dele, com certeza trouxe à tona novamente esses sentimentos que começavam a passar. Nada mais natural que ele reaja assim. Aí você se pergunta: bom, então vou esperar uns quatro dias pra raiva passar de vez...

Esse é o pecado número 2. Esperando mais que dois dias você corre o sério risco de que ele desencane de você de vez ou que arranje uma substituta pro seu lugar.

Sabe qual é a doença mais grave que atinge os homens? Ego ferido. É a que tem as conseqüências mais graves. Homem que leva um belo fora quer ir correndo à forra. E acredite, eles vão. Pegam aquela baranga com bafo, mas pegam. Não tem como garantir que nesses dois dias seu lindo vai ficar santo, mas dificilmente ele se envolva nesse tempo.

Bom, onde paramos? Ah, sim, na tatatataravó. Deixe ele xingar, espernear, relinchar, se quiser! Assuma, você errou mesmo; deixe ele falar tudo, tudinho, pra que não sobre nenhum ressentimento para trás. Se começar a te irritar demais, medite. Fique cantarolando a sua música favorita na sua cabeça, reveja a lista de compras mentalmente... mas sempre com cara de que está prestando uma atenção seríssima no assunto!

Quando ele terminar, respire fundo, de cabeça baixa. Espere alguns momentos e diga a mesma coisa do final da possibilidade 2. Nessa hora vale uma lágrima, mas uma só! Nada de desatar a chorar e ficar com a cara inchada e vermelha, ouviu?! Além do mais, choro te faz parecer vítima e é importantíssimo que você não se porte como vítima. Deixe sempre muito claro que você sabe que é a carrasca e ele, a vítima.

PERAE! TEM CERTEZA DISSO?...


Você está aí, incomodadíssima pensando que ele vai colocar o seu salto agulha pra sapatear em você se fizer isso tudo, não é? E vai mesmo, por isso, se prepare para ter a paciência de uma irmã carmelita!

Assume, garota, pisou na bola; mea culpa, saca?

Mas não se preocupe. A gente dá um jeitinho de recuperar o poder assim que ele baixar a guarda... mas isso é um outro assunto.

Terminou e arrependeu. Fudeu? Não necessariamente... (parte 1 de 4)

A história começa assim: a Alê estava há três meses com um cara expert em drinks e sempre foi moça de compromisso sério... ele, por outro lado, tinha aquele típico comportamento de “gosto das coisas como estão... pra que forçar um compromisso? A gente tá bem assim...”

Eis que ele passou uma semana viajando, sonhou com ela e tudo o mais, mas ela, cansada de ficar se sentindo enrolada, deu um basta na história toda. Assim que ele chegou de viagem. Numa segunda-feira. Às sete horas da manhã.

Cruel, não é? Hehehe

Bom, fato é que ela se arrependeu; gostava do infeliz descompromissado.

Entra em ação o plano maquiavélico, no sentido mais literal do termo...

A briga aconteceu na segunda; o aniversário do moço era na quinta, com festança na sexta.

ANALISANDO A BAGUNÇA...


Bom, a Alê pegou pesado com o garoto. E do nada! Sim, porque na cabeça dela, essas coisas estavam pesando já há muito tempo, mas na cabeça dele, tudo corria muito bem, obrigado!

Entendam bem como é a diferença entre os dois... Isso acontece direto. Nós, mulheres, criamos um problema, uma confusão, diálogos, brigas e soluções inteiras dentro da própria cabeça, sem nem comentar com o infeliz que está ficando com a gente. O pobre coitado não tem nem aviso prévio! Quando ele se dá conta, nós já brigamos com ele por um motivo que ele nem sabia da existência e já estamos chateadas com o que pensamos que ele vá dizer!

É, nós não somos flor que se cheire... Por isso mesmo há que se pensar bem o que fazer em seguida...

O primeiro passo é descobrir até onde se está disposta a ir pra recuperar o gato. Estando disposta, o negócio é dar um jeito de pedir desculpas e se redimir muito bem.

No caso da Alê, pensamos num presente especial, algo que significasse muito e só pros dois. Uma blusa qualquer um dá, se não servir é só trocar; mas um presente diferente, que não precisa nem ser caro, mas que seja muito significativo, esse sim, marca a pessoa que o recebe.

Decidimos por uma garrafa de whisky; o passo seguinte era dar tempo pro bicho se acalmar. Homens são orgulhosos, logo, dói mais neles quando levam um belo fora. Aí o segredo é deixar a poeira baixar; em geral, dois dias são bem suficientes pra deixar o pobre xingar, quebrar um copo ou dois, encher a cara, ficar de ressaca, sarar da ressaca, ficar deprimido e finalmente, parar com a palhaçada.

Logo, a briga foi na segunda, mais dois dias e temos quarta, o dia perfeito: véspera do aniversário dele.

Por que perfeito? Simples. Não só já deu o tempo de ele sossegar de novo, como rola de entregar o presente, bem enroladinho numa bandeira branca. O dia do aniversário não rola porque a atenção do moço fica muito dispersada com várias coisas.

Devo contar uma coisa: mulher poderosa que sabe ser, antes da briga a Alê comprou uma lingerie vermelha de presente pro gato. Só que com a briga as coisas mudaram ligeiramente de rumo...