sexta-feira, 22 de maio de 2009

Atire a primeira pedra quem nunca penou na mão de um belo exemplar de cafajeste...

Vamos começar pelo começo. Eu já fui o tipo de garota boazinha, do mesmo tipo que desaconselho a continuar lendo o blog a menos que queira mudar seriamente a atitude.
Era sincera, honesta, direta e não fazia joguinhos. Sabe o que consegui com isso? N-a-d-a. Mas continuava achando que valia a pena continuar assim.
Até que um dia me apaixonei pelo meu melhor amigo. Perfeito, não?
Hum... não exatamente.
Nós ficamos algumas vezes, foi lindo, como se apaixonar pelo melhor amigo deveria ser. Até que um dia ele começou a agir comigo do mesmo jeito que agia com todas as outras. Correção: foi pior. Ele não me dispensava, mas também não me deixava seguir em frente. Quando ele pisava demais na bola, eu chorava, me reerguia, partia pra luta e era só um carinha interessante chegar perto que o infeliz materializava do meu lado com toda aquela pose de namorado; assim que ele conseguia espantar o pretendente, não demorava 5 minutos pra me deixar no escanteio de novo. Seria mais fácil fazer uma grande roda de xixi em volta e marcar bem o território...
Você deve estar com o pescoço ligeiramente tombado para o lado, olhando pra tela com aquela carinha condescendente, pensando "pobre garota... é, tem mulher que tem vocação pra mulher de malandro mesmo."
A gente não se conhece, então acredite na minha palavra nessa: não sou desse tipo. Não aturo bobagem de malandro, tenho um faro fantástico para escapar de babacas e mesmo assim caí na armadilha deles. Pense comigo: se você ficasse com seu melhor amigo também acharia que estaria segura, não?
Então pare e pense um pouco antes de apontar esse mouse pra mim.
Não me entenda mal. Ele tinha todo o direito do mundo de não querer ficar comigo, e isso não me incomoda. É claaaaaaaaro que ninguém gosta de levar um pé na bunda, mas com isso eu estou acostumada. Uma noite de choro, um prato de brigadeiro, dois dias de hibernação em casa e pronto, passou! Aí é levantar a cabeça, colocar a melhor roupa, fazer aquela maquiagem e partir pra esnobar o infeliz.
A questão é que eu sempre fui sincera com ele e como toda garota ingênua, só pedi sinceridade em troca. O que me matou de tristeza e de ódio também foi ver a covardia dele de não conseguir assumir pra mim o que ele queria; ficar me cozinhando, me deixando em stand-by pra ver se a noite dele era o que ele esperava ou se ele ia pra casa comigo mesmo.
Meu melhor amigo me fez sentir barata.
Dá pra imaginar isso? Claro que dá, né, homem faz coisa pior, muito pior.
Mas eu não sou do tipo de mulher que atura esse tipo de coisa.
Nessa época perdi muitas coisas... perdi meu melhor amigo, perdi a vontade de estar perto dele, perdi um grande amor e, principalmente, perdi a paciência.
E assim surgiu [indiretamente] a ideia desse blog.

Um comentário:

  1. me prende que eu gosto... hehehehe!

    quando a gente perde a paciência... a ficha cai pra muitas coisas mesmo.

    [love is just a game!]

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